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Obra da Escola Classe 59 vai trocar de construtora

Atraso, má qualidade no material e estruturas com risco de queda estão entre os apontamentos técnicos que pedem a rescisão contratual

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A Impar Construção, que tocava a reconstrução da Escola Classe 59 (EC 59) em Ceilândia, foi multada em R$ 1,2 milhão por irregularidades e, agora, vai deixar a obra. Após vários problemas constatados na execução da reforma, a Secretaria de Educação (SEE) decidiu solicitar esta semana a rescisão contratual com a empresa. O investimento para reerguer a unidade é de cerca de R$ 6,1 milhões, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Governo do Distrito Federal (GDF).

A equipe de fiscalização da Secretaria de Educação constatou erros em várias estacas de fundação da construção, um risco enorme para a edificação | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília

A empreiteira Impar venceu a licitação para construir a nova EC 59 e chegou a iniciar a obra em março do ano passado. Demoliu a estrutura da sede anterior e, depois disto, os serviços foram praticamente paralisados.

“Houve um erro grave nessa questão das estacas, que deveriam ter em torno de 11 metros, mas não tinham nem meio metro. Eram estacas de sustentação à quadra poliesportiva”, diz o subsecretário de Infraestrutura da SEE, Leonardo Balduino

Um canteiro de obras foi instalado, os primeiros trabalhos de topografia foram realizados e o terreno foi todo limpo. No entanto, a equipe de fiscalização da secretaria constatou erros em várias estacas de fundação da construção, um risco enorme para a edificação.

“Houve um erro grave nessa questão das estacas, que deveriam ter em torno de 11 metros, mas não tinham nem meio metro. Eram estacas de sustentação à quadra poliesportiva”, explica o  subsecretário de Infraestrutura da SEE, Leonardo Balduino. “É muito ruim, pois atrasa muito todo o andamento da reforma”, lamenta.

De acordo com o gestor, a construtora já havia sido notificada quatro vezes pela Diretoria de Engenharia da pasta por não cumprir o cronograma de execução. “Em razão da total inércia da empresa, nossa parte jurídica vai encaminhar a rescisão e o próximo passo é colocar a vigilância no canteiro de obras. A expectativa é que a segunda colocada no certame assuma a construção”, explica Balduino.

Outra falha observada foi o uso de elementos de construção diferentes do acordado. Segundo o contrato, a obra teria o prazo de 1 ano e meio para conclusão, o que não será possível cumprir, na avaliação dos engenheiros.

Os fiscais da área de engenharia da SEE estão duas vezes por semana no local destinado à EC 59, em Ceilândia Norte. Segundo o projeto, o novo colégio contará com 14 salas de aula, auditório, sala de leitura, teatro de arena, cozinha industrial e refeitório, laboratórios, quadra de esportes coberta, bicicletário, guarita, estacionamento, parquinho, entre outras instalações.

Capacidade para quase 500 alunos

Enquanto isso, a escola funciona desde 2018 em local provisório. Os estudantes matriculados na unidade são atendidos no Centro de Ensino Médio 4 (CEM 4). A futura escola classe terá capacidade para 454 alunos, sendo 126 da pré-escola e 328 dos anos iniciais do ensino fundamental.

Para o coordenador da regional de ensino de Ceilândia, Carlos Ney Cavalcante, o atraso afeta diretamente a vida dos alunos e de suas famílias. “É um colégio localizado numa região muito importante e que atende meninos do Pôr do Sol, Sol Nascente, Brazlândia, entre outros. Nossa demanda é muito grande aqui e precisamos de mais salas de aula”, reforça.

O coordenador conta que os estudantes são bem-atendidos no espaço do CEM 4, mas a expectativa pela nova escola é grande. “Muitos querem estudar perto de suas casas, mas não conseguimos atendê-los com essas dificuldades”, revela. “Será uma escola moderna”, finaliza Carlos Ney.

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